LAUDO DE SPDA
O aterramento é essencial para garantir que as instalações elétricas possa trabalhar com todas as cargas necessárias sem que haja distúrbios indesejados. Outra função do aterramento é absorver as descargas atmosféricas provenientes dos raios que atingirem o local, uma vez que o SPDA captura o raio em questão, isolando-o e transportanto-o ao aterramento do solo. Sendo assim, o laudo de aterramento é um documento extremamente importante, que deve ser solicitado a empresas e profissionais especializados para que a instalação elétrica obtenha a máxima segurança para seus usuários e equipamentos e também atenda a Legislação brasileira.
O laudo de aterramento é emitido após uma vistoria detalhada da rede elétrica e SPDA do edifício, com o objetivo de atestar que os procedimentos de segurança estabelecidos pelas normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) foram devidamente seguidos. Entre essas normas, estão a NBR 5410, NBR 5419 e a NBR 14039, que estabelecem diretrizes para instalações elétricas de baixa e média tensão.
Com o laudo de aterramento em mãos, a empresa atesta que sua rede elétrica está em condições adequadas para funcionar e seu aterramento seguro para absorver todas as descargas que forem enviadas para o solo. Durante a inspeção, são fiscalizados itens como verificação da tensão de contato, identificação e ligações do fio terra e medidas de proteção contra raios ali instaladas.
Quem fornece o laudo de aterramento normalmente é um engenheiro responsável, sendo que as empresas de SPDA costumam contar com este profissional para realizar essa função a seus clientes. Essa inspeção é feita com o auxílio de um Alicate Terrômetro – instrumento que mede se resistência ôhmica está dentro das conformidades, ou se a malha de aterramento está ineficiente.
Principais mudanças entre a antiga norma NBR-5419 / 2005 e a atual NBR-5419 / 2015
-A primeira grande diferença entre as duas normas está na quantidade de páginas. A norma anterior possuía 42 páginas, e a norma atual possui aproximadamente 380 páginas.
-A Análise de Necessidade de Proteção (antigo anexo B da norma de 2005), agora corresponde a PARTE 2 e passou a se chamar ANÁLISE DE RISCO. Além dos fatores de ponderação existentes anteriormente, novos fatores de risco para a edificação que até então não eram analisados passaram a ser observados. É nesta parte da norma que agora são definidos o Nível de Proteção e quais Medidas Complementares deverão ser tomadas para garantir uma proteção eficiente para a edificação, pessoas e instalações.
-O gráfico de Comprimento mínimo de eletrodo enterrado versus Resistividade do solo, agora foi estendido também para nível 2 de proteção, já que antes só havia relação direta entre ambos no nível 1.
-A tabela de condutores de captação, descidas e aterramento foi aprimorada com novos materiais (aço cobreado, alumínio cobreado), e algumas dimensões mínimas e tolerâncias foram estabelecidas.
-Os Testes de Continuidade das estruturas de concreto armado foram normalizados em duas etapas com melhor detalhamento dos seus procedimentos.
-A medição da resistência ôhmica do aterramento do SPDA, bem como o anterior valor sugerido de 10 ohms foram retirados da norma.
-O arranjo A (aterramento pontual) foi retirado da norma, permanecendo apenas o arranjo B (em anel) circundando a edificação e interligando todas as descidas. Este anel deve estar, no mínimo, 80% em contato com o solo.